terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Lei do Desejo - Almodóvar Cru e Mordaz











































Um dos melhores filmes do consagrado cineasta espanhol Pedro Almodóvar, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por "Tudo Sobre Minha Mãe", "A Lei do Desejo" é um filme instigante que ultrapassa todos os limites da sexualidade, uma característica recorrente do diretor. Antonio Banderas ("A Máscara do Zoro") faz um jovem obcecado pelo diretor de cinema interpretado por Eusébio Poncela ("Matador"). A paixão entre os dois irá se transformar em uma trama de assassinato e desencontros. Destaques também para a genial atuação de Carmen Maura ("Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos") como a irmã transexual do personagem de Poncela e para a trilha sonora, que contém temas compostos pelo próprio Almodóvar, "Ne me quitte pas", clássico de Jacques Brel na voz de Edith Piaf, e até trabalhos de Stravinsky e Shostakovich.

Um dos idealizadores do cinema moderno espanhol, Pedro Almodóvar aposta num tema controvertido no seu sexto filme. Uma trama que explora o universo masculino no limiar entre a sexualidade e a morte; no limite entre o amor e a obsessão. 
Em meio a um cenário undergorund e barroco, a tragédia de paixão e ódio contada por Almodóvar começa quando um diretor de cinema homossexual, apaixonado por um rapaz que não o ama, conhece um jovem, que fará de tudo para ter o seu amor, até mesmo matar quem ouse desafiá-lo. 
Nessa trágica história de amor as referências ao comportamento masculino são freqüentes e os personagens, principalmente o irmão travesti do diretor, vivido pela fantástica Carmen Maura, forçam o espectador a rever o seus conceitos sobre paixão e sexualidade, levantando questões polêmicos como: você mataria por amor? Ou ainda, você amaria alguém que se julga capaz de matar? 
A Lei do Desejo ganha por sua originalidade e por sua falta de presunção, o que o torna mais que interessante. Sem qualquer comparação, é um filme intenso, instigante e poético.



QUARTA - 29/09 ÀS 19H NA VIDEOTECA JOÃO CARRIÇO

Um comentário:

  1. Eu amo esse filme e já vi varias vezes, inclusive a trilha sonora é tuudo na vida de uma pessoa, rsrsrs.
    Eu só queria fazer uma correção; é Maysa Matarazzo quem canta
    ne me qui te pas, não Edith Piaf.
    Pois é maravilhoso né? é mais, digamos, contemporaneo, já que Edith cantava com todos aqueles vibratos.
    É isso beijo e parabéns pela iniciativa, que pena que eu não moro em Juiz de Fora. Maria Vilhora (facebook)

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